Economia de Empresas

AUTORIA
José Vieira do Nascimento Neto
Ana Lívia Cazane
Especialista em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas - FGV
Mestre em Engenharia da Produção pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP
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Consultor Financeiro desde 2018, com atuação em São Paulo (capital e interior). Professor universitário de disciplinas como Empreendedorismo, Administração e Economia desde 2015. Possui graduação em Tecnologia em Informática para Gestão de Negócios pela Faculdade de Tecnologia de Garça (2006), Pós-Graduação em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas - FGV Marília (2013) e, Pós-Graduação em Educação no Ensino Superior - Facap (2016).

Currículo Lattes

Graduada em Administração de Empresas e Agronegócios pela Universidade Estadual Paulista - Tupã. Doutoranda em Ciências da Informação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP/Marília), Mestre em Engenharia da Produção pela Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (UNESP/Bauru). Coordenadora de cursos de graduação e pós-graduação na Universidade de Marília (UNIMAR). Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Informação, Conhecimento e Inteligência Organizacional da Unesp/SP. Atua principalmente nos seguintes temas: Gestão do Conhecimento e Gestão da Cadeia de Suprimentos.

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Estudante, começaremos esta aula com uma importante definição de Baye (2010). Para o autor, economia de empresas é o estudo de como direcionar recursos escassos para atingir mais eficientemente as metas da empresa.

Veja bem como essa definição conversa com a definição de economia que discutimos anteriormente.

Economia de empresas é uma disciplina muito ampla, em que se descrevem métodos úteis para direcionar todos os recursos de uma família para maximizar o seu bem-estar ou os recursos de uma empresa para maximizar seu lucro (BAYE, 2010).

Complementando este conceito, McGuigan, Moyer e Harris (2016) afirmam que a economia de empresas extrai da teoria microeconômica aqueles conceitos e técnicas que permitem que os gestores selecionem a direção estratégica, aloquem os recursos disponíveis da organização de forma eficiente e respondam efetivamente a questões táticas. Todas essas decisões tomadas pela gestão buscam fazer o seguinte:

Identificar as alternativas. Selecionar a opção que cumpra o(s) objetivo(s) da forma mais eficiente. Levar em conta as limitações e variáveis de risco. Os prováveis movimentos e decisões que possam ser realizados pela concorrência.

Fonte: Elaborado com base em McGuigan, Moyer e Harris (2016).

A economia de empresas auxilia os gestores na alocação eficiente de recursos escassos, no planejamento da estratégia corporativa e na execução de táticas eficazes.

Faz-se necessário então compreender dois tópicos importantes: o modelo de tomada de decisão e os agentes econômicos.

O Modelo de Tomada de Decisão

Para McGuigan, Moyer e Harris (2016), a capacidade de tomar boas decisões é a chave para um desempenho gerencial bem-sucedido. Todas as tomadas de decisões compartilham vários elementos.

Em primeiro lugar, quem toma a decisão deve priorizar os objetivos da organização. Em seguida, deve identificar o problema que está exigindo uma solução. Uma vez identificada a causa ou as causas do problema, o gestor deve realizar um exame das soluções potenciais. A escolha entre essas alternativas depende da análise dos custos e benefícios relacionados, e das limitações organizacionais e societárias que possam tornar uma alternativa viável ou não (McGUIGAN, MOYER e HARRIS, 2016).

O passo final do processo, depois de avaliadas todas as alternativas, consiste em analisar a melhor alternativa disponível em termos de uma variedade de alterações nas premissas antes de fazer uma recomendação. Esse passo final importante é designado análise de sensibilidade. Conhecendo as limitações das ações planejadas na medida em que o ambiente de decisão se altera, o dirigente consegue passar em seguida para uma implementação da decisão, monitorando cuidadosamente as variáveis negativas ou mudanças no mercado que não foram previstas (McGUIGAN, MOYER e HARRIS, 2016).

Agentes Econômicos

Para os autores Nogami e Passos (2016), agentes econômicos são pessoas de natureza física ou jurídica que, por meio de suas ações, contribuem para o funcionamento do sistema econômico. São eles: as Famílias (ou unidades familiares); as Empresas (ou unidades produtivas); e o Governo.

diagrama que busca mostrar que tanto famílias, quanto governo, e empresas, são agentes econômicos.

Fonte: Elaborado com base em Nogami e Passos (2016).

As famílias incluem todos os indivíduos e unidades familiares da economia e que, no papel de consumidores, adquirem os mais diversos tipos de bens e serviços, objetivando o atendimento de suas necessidades de consumo. Por outro lado, as famílias, na qualidade de “proprietárias” dos recursos produtivos, fornecem às empresas os diversos fatores de produção: Trabalho, Terra, Capital e Capacidade Empresarial (NOGAMI e PASSOS, 2016).

Como pagamento, recebem salários, aluguéis, juros e lucro, e é com essa renda que compram os bens e serviços oferecidos pelas empresas. Tanto na compra desses bens como na venda dos serviços dos fatores de produção, as decisões da unidade econômica familiar são guiadas pelo propósito de maximizar a satisfação das necessidades.

Empresas são unidades encarregadas de produzir e/ou comercializar bens e serviços. A produção é realizada por meio da combinação dos fatores produtivos adquiridos junto às famílias. Tanto na aquisição de recursos produtivos quanto na venda de seus produtos, as decisões das empresas são guiadas pelo objetivo de se conseguir o máximo lucro (NOGAMI e PASSOS, 2016).

O Governo, por sua vez, inclui todas as organizações que, direta ou indiretamente, estão sob o controle do Estado, nas suas esferas federais, estaduais e municipais. Muitas vezes, o governo intervém no sistema econômico atuando como empresário e produzindo bens e serviços através de suas empresas estatais; em outras, age como comprador – quando, além de contratar serviços, adquire materiais, equipamentos etc. –, tendo em vista a realização de suas tarefas; outras vezes, ainda, o governo intervém no sistema econômico por meio de regulamentos e conduta dos demais agentes econômicos (NOGAMI e PASSOS, 2016).

Aluno, após conhecer cada um desses agentes, é necessário compreender como eles interagem por meio do fluxo circular de renda.

Fluxo Circular de Renda

Fluxo circular de renda, também conhecido como fluxo circular, é o modelo que explica as movimentações financeiras por meio de fluxos de dinheiro, bens e serviços entre os agentes do mercado.

Existem dois tipos de fluxos: o fluxo real e o fluxo monetário.

  1. Fluxo real: bens e serviços são ofertados no mercado por organizações. Esses itens são necessários às famílias, que oferecem ao mercado fatores de produção (capital, terra e trabalho), necessários às empresas para gerar serviços e bens;
  2. Fluxo monetário: as empresas têm receitas por meio da comercialização de serviços e bens no mercado. Essas vendas são custos (gastos) para as famílias (consumidores). Elas, dessa maneira, conseguem sua renda ao oferecer ao mercado fatores de produção (principalmente trabalho). Esses fatores de produção são “comprados” pelas empresas, com o objetivo de produzir serviços e bens.

Para gabaritar

Assim, na prática, as pessoas oferecem suas forças para trabalhar em troca do salário, ao passo que as empresas vendem bens e serviços em troca de receita para manter suas atividades e gerar mais produtos para o mercado.

fluxograma que mostra como funcionam os fluxos entre família e empresa. Da família, em sentido à empresa, um fluxo na forma de dinheiro. Da empresa, em sentido à família, um fluxo na forma de dinheiro, aluguéis e salários. Da família em direção a empresa: um fluxo real na forma de mão de obra e capital. E da empresa, no sentido a família: um fluxo real na forma de bens e serviços.

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